O imunizantes está em testes de fase 3 no Brasil. Crianças ainda não fazem parte de nenhum estudo das vacinas contra a Covid-19 até o momento.
Por G1
A farmacêutica AstraZeneca, que produz uma vacina contra o coronavírus em parceria com a Universidade de Oxford, voltou atrás na previsão de incluir crianças nos testes clínicos do imunizante realizados no Reino Unido, segundo a agência de notícias Reuters.
Testes clínicos da vacina da AstraZeneca/Oxford com mais de 12 mil participantes no Reino Unido chegou a considerar crianças com mais de 5 anos entre seus voluntários, desde que se apresentassem com o consentimento dos país. No dia 10 de dezembro, contudo, o site da AstraZeneca atualizou informações sobre os testes ingleses e retirou o grupo formado crianças.
A Reuters pediu para a AstraZeneca comentar a questão, mas, segundo a agencia de notícias, não recebeu um retorno da farmacêutica.
Crianças não estão previstas
O Ministério da Saúde disse no dia 3 que as crianças, pelo menos por enquanto, não estão previstas na estratégia de vacinação contra a Covid-19. O motivo principal, além de elas não fazerem parte do grupo de risco da doença, é a falta de estudos dos imunizantes para a faixa etária.
“Nenhum país do mundo tem estudos que mostrem a utilização de vacinação na faixa etária pediátrica. Até onde eu saiba, a gente não viu nenhum trabalho que mostre [a vacinação em crianças] ou nenhuma desenvolvedora que tenha colocado [uma vacina] na fase 3 nessa faixa etária. Nós não temos dados em relação a essa questão”, disse Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde, na data.
A vacina da AstraZeneca/Oxford é uma das quatro que estão em testes de fase 3 no Brasil. Por aqui, ela está sendo desenvolvida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Eficácia
O imunizante foi o primeiro a ter resultados preliminares de fase 3 de testes divulgados por uma revista científica. Os dados foram publicados na “The Lancet”, uma das mais importantes do mundo.
Segundo os resultados publicado no começo do mês, a vacina protege contra a doença em 70,4% dos casos. Valor é a média da eficácia de 62% para quem recebeu duas doses completas e de 90% para meia dose seguida de uma dose de reforço.
Foto: Carlos Osorio/Reuters